5 GAMES QUE DERAM O QUE FALAR EM 2020
Mesmo com pandemia grandes lançamentos marcaram o ano, seja pelo lado bom um ruim
Publicado em:https://falauniversidades.com.br/
Enquanto vários setores da economia pararam e sofreram por causa da COVID 19, o mercado de videogames e jogos se aqueceu muito pois mais pessoas em casa usaram os games para diversão. E o ano foi marcado por grandes lançamentos, surpresas, e porque não dizer assim, desastres nunca antes vistos na indústria dos games. A lista a seguir traz 5 desses jogos que foram sucessos no ano passado.
Fall Guys: Ultimate Knockout
Uma das grandes surpresas foi esse jogo que era exclusivo para PS4 e PC e desenvolvido pela britânica Mediatonic, Fall Guys traz uma competição entre 60 jogadores para ver quem consegue conquistar a coroa e vencer a disputa. Mas a missão não é nada fácil, para chegar ao título os players devem passar por fases que mais lembram as gincanas de desafios que vemos aos domingos na TV aberta.
Cada round é diferente dos demais, indo desde jogos de futebol, pega pega, corridas em cima de esteiras com frutas sendo lançadas, caminhar sobre lava passando por placas que podem cair e muitos outros desafios que fazem com que o jogador dê muitas risadas, mas passe muita raiva. Ainda mais quando seguram seu personagem ou te jogam para fora da plataforma causando a eliminação.
Os personagens de Fall Guys são simpáticos feijões saltitantes, mas lentos, o que deixa alguns gamers irritados. É possível escolher a cor do seu personagem, o padrão do desenho, além de fantasias e até mesmo acessórios para os pés.
O game foi um sucesso enorme e se tornou o jogo mais vendido da Playstation Plus. Atualmente o jogo está disponível para PS4, PS5, PC e chegará ao Nintendo Switch no terceiro trimestre deste ano e vai ser jogável no XBOX ONE e XBOX Series X/S entre junho e setembro de 2021.
Ghost of Tsushima
O exclusivo para Playstation e desenvolvido pela Sucker Punch nos leva ao Japão do século XIII durante a Primeira Invasão Mongol ao país do Céu Nascente. O personagem nessa jornada é um dos últimos Samurais vivos após o ataque dos mongóis, o Lorde Jin Sakai. O guerreiro deve livrar a ilha de Tsushima para conseguir retomar a liberdade e o controle da região, mas também deve lutar contra suas próprias crenças e o código dos Samurais que diz que é errado matar pelas costas, mas quando você precisa invadir um acampamento defendido por invasores, entrar pelo portão principal não é uma boa ideia.
O jogo traz belos gráficos, lindas paisagens, e um vento que nos guiará pelo mapa já que não há um GPS, quem mostra a direção que temos que seguir é esse vento que é o espírito do pai de Jin Sakai que foi morto por bandidos. Apesar de ser bonito, nem sempre ele nos mostra o melhor caminho e muitas vezes vamos parar em penhascos. Há também duelos contra alguns inimigos que têm uma atmosfera quase cinematográfica com uma introdução em câmera lenta e também um modo do jogo que se inspira nos filmes do cineasta japonês Akira Kurosawa com um filtro em petro e brnaco e o totalmente em japonês, para aumentar a sensação de imersão com a cultura do país.
Mas nem tudo saiu perfeito e quando lembramos que foi um jogo lançado quase a 300 reais, certos detalhes deveriam ter sido mais bem cuidados. Não há como não se sentir no Japão, isso o game faz muito bem, mas todas as casa aparentam ser iguais, os mesmos interiores, mesmos objetos. Algumas árvores não têm física, então é possível passar no meio delas. Algumas vezes o jogador ficará preso entre pedras, na hora de subir escadas os pés passam por dentro dos degraus e água nesse jogo ficou com aparência longe do esperado para um jogo de final de geração.
Porém esses problemas não atrapalham a jogabilidade e a experiência dos gamers, então Ghost of Tsushima tem seus méritos, então se aventurar pelo Japão do século XIII com Jin Sakai renderá bons momentos de diversão. Inclusive ganhou o prêmio de melhor direção de arte no The Game Awards, O título está disponível para PS4 e PS5.
The Last of Us Parte II
O que falar desse jogo que é um dos melhores jogos lançados nesta geração e talvez em toda a indústria dos games? The Last of Us Parte II se passa 4 anos após o parte 1, agora os personagens estão em uma colônia de sobreviventes em Jackson nos estado do Wyoming quando uma personagem ligada ao passado de Joel aparece e faz com que Ellie embarque em uma jornada de vingança até Seattle e dessa vez vamos jogar tendo o ponto de vista do inimigo também.
Se no primeiro jogo somos movidos pela esperança da cura para a pandemia causada pelo cordyceps, no segundo título o que nos move é o ódio e a vingança e vemos como isso vai afetar Ellie durante a epopeia até atingir seu objetivo. E o game desenvolvido pela Naughty Dogs traz outros debates atuais, como preconceito com personagens homossexuais, transgenereos, fanatismo religioso e também até onde devemos ir com uma vingança.
Muito além de uma pandemia faz com que esse jogo seja atual. Talvez o que não seja atual nesse game são os bugs. Os gamers já se acostumaram com títulos cheios de defeitos, problemas, mas The Last os Us Parte II beira a perfeição. Durante minhas 30h de jogatina não encontrei nenhum bug, algo muito raro nos dias atuais. O que encontrei foram alguns detalhes gráficos que fazem essa obra se diferenciar muito das demais, como expressões faciais, as caras de medo e dor são muito reais, é quase como se estivéssemos vendo um filme. E ambientação é outro ponto alto, a trilha sonora foi projetada para aumentar os clima de medo e tensão durante a trama.
Com tantos pontos positivos, The Last of Us Parte II foi o grande vencedor do The Game Awards de 2020, o game foi indicado a 10 prêmios em 9 categorias e ganhou em 7 delas, inclusive como o melhor jogo do ano. O título que é uma montanha russa de emoções; em um momento uma cena romântica passando esperanças até mesmo no fim do mundo, mas na cena seguinte já estamos em ambientes escuros cercados de monstros; está disponível para Playstation 4 e Playstation 5.
Cyberpunk 2077
O que era para ser um dos maiores lançamentos da história da indústria acabou virando um desastre para a polonesa CD Projekt Red, mesma desenvolvedora de The Witcher. Após anos de desenvolvimento, atrasos e muita espera para os fã, o game saiu em dezembro com inúmeros, e sérios, problemas, como crashes de jogo, travamentos, problemas para salvar o progresso, queda de FPS, travamentos, demora para carregar as texturas e outros vários defeitos que não eram esperados em um jogo de quase 300 reais. Inclusive muitos jogadores pediram o reembolso do valor gasto.
A respeito da história, jogamos com um mercenário fora da lei chamado de V e podemos escolher se vamos ser homem ou mulher e também se começamos como um executivo, nômade ou uma pessoa das ruas. Na cidade de Night City os implantes tecnológicos, crime e a violência dominam e você tem a missão de roubar um chip com a chave para a eternidade.
O jogo não tem só defeitos, a história é envolvente e prende muito, as decisões tomadas mudam o rumo do personagem, inclusive os finais. Cada pessoa na história tem um jeitão próprio, o que faz com sejam únicos dos demais. Cada interior foi pensado para ser diferente dos demais. E em um mundo enorme com várias missões é esperado que elas sejam repetitivas, certo? Não em Cyberpunk, as sidequests são diferenciadas e não deixam o jogador entediado como em outros jogos. Outro ponto alto é a dublagem, que traz memes e referência divertidas como ‘’hoje é dia de maldade’’, ‘’você é a vergonha da profissão’’
A desenvolvedora está comprometida em arrumar o jogo e lança atualizações contínuas, mas até a data desse texto o jogo está longe de ser perfeito, e já possui um tamanho maior do que 110GB. Alguns bugs atrapalham a experiência do jogador, inclusive não permitem o avanço na história principal, então talvez seja melhor esperar um pouco para adquirir Cyberpunk 2077, ainda mais se você tiver os consoles da geração passada. No momento o game está disponível para XBOX ONE, XBOX SERIES X/S (através da retrocompatibilidade, assim como no PS5), PC, Playstation 4 e Playstation 5, mas somente em mídia física pois a Sony removeu o jogo da loja digital.
Watch Dogs Legion
O terceiro jogo da série Watch Dogs foi lançado em 2020 com a promessa de revolucionar os personagens, sendo possível o jogador escolher qualquer pessoa na rua e controlar. O que de fato não é totalmente falso, mas também deixa o jogo sem um personagem principal marcante como era o Marcus nos outros dois jogos da franquia.
Desenvolvido pela Ubisoft, o jogo se passa em uma Londres futurista em que após um atentado terrorista por um grupo chamado Zero Day, o governo londrino contrata uma segurança privada extremamente autoritária e cabe ao jogador ajudar ao grupo de hackers conhecidos como DEDSEC, a retomar o controle da capital inglesa e achar os responsáveis pelo ataque terrorista.
Como todos os jogos da Ubisoft, o game apresenta alguns bugs, mas nada tão grave que atrapalhe o jogador. A ideia de controlar qualquer pessoa é interessante, é possível recrutar policiais, trabalhadores, até idosos para o grupo, cada com uma habilidade própria, mas de fato um personagem principal faz falta para a história. E a trama não é algo tão inovador e inédito assim, no começo o gamer já vai conseguindo ter noção do caminho que o enredo está tomando. Mas o título tem pontos positivos, a Londres do jogo é muito realista, há inúmeras missões para fazer, incluindo lutas, fazer embaixadinhas, recrutamentos, dentre tantas outras.
Watch Dogs Legion não é um game de encher os olhos, mas é possível se divertir pelas ruas de Londres tentando retomar o controle da cidade fazendo missões, ou simplesmente fugindo da polícia e hackeando os veículos da força policial (acredite, isso é muito divertido). O jogo está disponível para PS4, PS5, PC, XBOX ONE, XBOX SERIES X/S e Google Stadia.